sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A FÉ TRANSPORTA MONTANHAS

No sentindo próprio, é certo que a confiança nas suas próprias forças torna o homem capaz de executar coisas materiais, que não consegue fazer quem duvida de si, Aqui, porém, unicamente no sentido moral se devem entender essas palavras.As montanhas que a fé desloca são as dificuldades, as resistências, a má-vontade, em suma, com que se depara da parte da parte dos homens, ainda quando se trate das melhores coisas.Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas são outras tantas montanhas que barram o caminho a quem trabalha pelo progresso da Humanidade.A fé robusta dá a perseverança, a energia e os recursos que fazem se vençam os obstáculos,assim nas pequenas coisas, que nas grandes.Da fé vacilante resultam a incerteza e a hesitação de que se aproveitam os adversários que se têm de combater; essa fé não procura os meios de vencer, porque não acredita que possa vencer.
A fé sincera e verdadeira é sempre calma; faculta a paciência que sabe esperar, porque, tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado.A fé vacilante sente a sua própria fraqueza;quando s estimula o interesse, torna-se furibunda e julga suprir, com a violência, a força que lhe falece.A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.
Cumpre não confundir a fé com a presunção.A verdadeira fé se conjuga á humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus. Por essa razão é que os bons espíritos lhe vêm em auxilio. A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são infligidos.
O poder da fé se demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhes as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível.Daí decorre que aquele que a um grande poder fluídico normal junta ardente fé, pode, só pela força da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos, de cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural.(Tal o motivo por que Jesus disse a seus apóstolos: se não o curastes, foi porque não tínheis fé.

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